Constipated Frenchman e a entrada nos EUA
Este é rápido que não tenho muito tempo...
Amanhã parto para os Estados Unidos da América. Depois de um ano e meio sem férias resolvi dar-me um presente e vou até ao país, que no primeiro post, declarei ter os dias contados.
Aqui em França, na empresa em que trabalho, comentei a viagem que ia fazer para receber as dicas de quem já lá esteve, facilita sempre a vida. O engraçado é que todos, os que foram e não, disseram com ar preocupado para ter cuidado no avião. Estranho, mas eles diziam para ter cuidado com o que poderia dizer... Eu roubava a frase do Obélix e aplicava ao seu povo. Mas hoje finalmente percebi porquê, contado por várias pessoas sem ligação, com referências a notícias nos media:
Logo após o 9/11, um Françês fez a mesma viagem que vou fazer. O tipo não se estava a sentir nada bem, e estava sempre na casa de banho do avião. A hospedeira, vendo-o sempre naquele rodopio, perguntou se tudo estava bem. E o tipo, que andava de um lado para o outro, porque estava com uma prisão de ventre terrível, enervado com aquilo tudo, disse: "My shit doesn´t explode".
Passou 2 dias preso e sómente uma intervenção diplomática acabou com o cativeiro. Sei que foi logo após os atentados, e imagino a paranóia generalizada que uma experiência daquelas pode gerar. Afinal este tipo de situações resulta do real efeito do terrorismo, medo irracional de qualquer situação em tudo semelhante aos relatos que se ouvem. Eu não sou americano nem se passou nada parecido no meu país. Mas sou um cidadão do mundo e acreditem que, se amanhã um muçulmano se sentar ao meu lado, e começar a rezar a meio da viagem, com um saco ao lado, apesar de ser apenas uma pessoa com bagagem de mão como todos os outros, a exercer o seu dever religioso ao qual tem direito, eu vou sempre agarrar-me à cadeira e tremer como uma criança. É esse efeito do terrorismo, é assim que funciona.
Mas o que me leva a escrever este post é todo o processo de entrada na nação da liberdade. Falei com um amigo que recentemente passou por isso. Ele perguntou se eu tinha o passaporte, uma morada onde ia ficar e disse que tinha que ter paciência, pois ele tinha ficado retido uma hora para perguntas, e tinha sido o primeiro a despachar-se.
Desde que aqui estou, habituei-me a passar de país para país sem mostrar seja o que for, só o BI, e é para me darem o bilhete electrónico à entrada do voo. Mas sou bastante tolerante, e acho que se se vai para um país, deve-se cumprir as regras do mesmo.
Passaporte, claro que sim. Morada para onde se vai... Não custa nada e pode-se sempre mudar, acaba por ser uma formalidade, uma forma de rastrear a entrada no país... Uma hora de perguntas, mínimo... Já me começa a parecer estranho... mas pronto, mostrar bagagem, responder ao que se vai fazer etc... Para um Europeu custa aceitar, mas eu sou tolerante... Eu aguento... Agora, o inquérito??
Qualquer cidadão não-americano para entrar nos EUA e qualquer não-comunitário para entrar na Inglaterra tem que responder a um inquérito, onde entre outras coisas, se pergunta se pretende fazer algum tipo de acto terrorista.
Tracem lá o perfil de um terrorista suicida....... Esta pergunta... é um bocado ridícula não acham? Eu não me vou alongar sobre este assunto, não tenho conhecimento suficiente. Talvez seja a minha mentalidade de Europeu, mas sinceramente, isto parece-me supra qualquer tipo de mentalidade. Parece-me ter dois dedos de testa.
Bem, amanha vou passar por isso, logo vos digo como correu. Contem com fotos de NY e Boston. Se tiver net disponível por lá vou escrevendo...
1 comment:
BOA VIAGEM
VAI ATÉ ÀS CATARÁTAS NIAGÁRA
AQUI NA VARANDA DA ERICEIRA TEMPO ESTÀ BOM
ABRAÇO
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