Sunday, March 26, 2006

Syriana e Daily Show

Não será de menosprezar crítica tão forte aos usos e costumes mundiais praticados pelos americanos, principalmente feito por conterrâneos. Tipos como o George Clooney, ou John Stewart, pela sua visibilidade pública, mostram-nos que nos EUA existe quem critique fortemente as políticas americanas, e a sociedade em geral. Não são dois cruzados, o facto de chegarem até nós, indica uma estrutura montada por detrás que a isso permite.



Depois de realizar e produzir o “Good Nigth and Good luck”, George Clooney produz Syriana um filme daqueles em que toda a atenção é pouca, quatro histórias relacionadas pelo tema, mas que quase nunca se cruzam fisicamente. Não vos vou estragar a ida ao cinema, mas uma das histórias é um relato interessante do processo de filiação de um muçulmano nas organizações terroristas. Passado durante a presidência de Bill Clinton, mostra as políticas americanas, por detrás da cortina, de modo a manter o poder sobre o Médio Oriente, e não duvidem, é uma da razões, com mais ou menos peso, para a situação de hoje.



O “Daily Show” todos conhecem, os adjectivos vão nascer da vossa imaginação, mas poucos devem saber que passa a nível mundial na cadeia de televisão CNN, uma selecção dos melhores momentos da semana é apresentado pelo JS mostrando tanto o tiro do Cheney no pobre velho, como as caras símias do GWB. Acima têm a capa do best-seller escrito pela equipa.

Pode-se dizer o que se quiser dos americanos, e maior parte das mais feias são verdade. Mas há algo que não se pode apagar, o facto que há liberdade de expressão na sociedade, mesmo que as críticas feitas passem ao lado da mesma. Vi um documentário em que os artistas que se mostraram anti-guerra andavam com problemas para arranjar trabalho, pelas suas posições, eram afastados. Isto é sinal que será a própria sociedade a deixar de lado pessoas que pensam de maneira diferente, e isso existe em todas as sociedades de liberdade de expressão. É um problema de mentalidade, mas não de liberdade. Seria mais fácil se fosse só liberdade.

No comments: