Serge Gainsbourg
Escrevi um post sobre o assunto na altura. Passou na TF1 um programa cujo objectivo era mostrar as 60 imagens televisivas que mais impressionaram os franceses nos últimos 60 anos. Falei de várias coisas na altura, menos daquela que mais me fascinou.
Um tipo, a fumar na TV, dizia que o estado do país era uma merda, o franco era merda… “Espere aí que eu já lhe mostro o que penso do franco… Está a ver esta nota? É uma das mais altas do nosso dinheiro certo?
Quando a nota estava em cinzas o apresentador, com um ar surpreendido dizia-lhe: “Sabe que isso é uma ofensa punida por lei?... Sei e depois? O franco deixa de ser uma merda por isso?”
Claro que sem contexto, isto vale pouco. O homem era Serge Gainsbourg, cantor francês que era conhecido pelo seu activismo, mas também pelo seu estado de alcoolémia constante, cigarro na ponta da boca em todas as aparições, e um charme incrível. A França atravessava uma grande desvalorização da moeda e o país estava em crise profunda.
Nascido em 28, a sua personalidade atravessou épocas da história de França, sempre fiel ao seu modo próprio de pensar. Foi companheiro de Brigitte Bardot e Catherine Deneuve, entre muitas outras. Foi um símbolo para várias gerações e continua a encantar toda uma juventude que lhe rende homenagem em murais. Uma personalidade única.
Hoje o tempo é pouco, mas digo-vos que não para de rodar na minha música. Vai do Rock ao Reggae, do Romântico ao Pimba. Música sem lei.
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