Tuesday, April 25, 2006

Sommaire

As boas vindas a mais amigos.

Ao amigo João Metelo com o seu bloco de apontamentos, depois de me ter guiado por Gent, está agora pelas Américas durante uns meses. E tens razão rapaz, fazer o que fizemos com um mapa do ACP não está na lista das nossas acções mais inteligentes. Mas a entrada em Sagres ao som da Antena 2 vai para sempre ficar comigo.

À linda Purpurina que para não passar despercebida emigrou um ano para a Suécia, com muitos eteceteras pelo meio.

À companheira do Cacém, e de muitos anos de liceu, Drei que resolveu ir aprender Suomi, com coordenadas bem precisas.



A respeito das Calanques queria deixar o significado de “protegido” para essa região. A meia hora de Marselha, uma cidade do tamanho de Lisboa, mantêm-se quase virgem, construção é proibida, apesar de haverem sempre aqueles casarios que já existiam antes de ser declarada a protecção. Não existe abastecimento de água, esgotos e luz por parte dos serviços municipalizados, já para evitar tentações. O passeio que fiz não se pode fazer durante o Verão, pois aumenta o risco de incêndio. As poucas estradas que existem são controladas pelos gendarmes e a circulação automóvel está proibida. Nós dormimos numa Calanque, sempre com o risco da guarda costeira passar em revista a zona.

A conclusão óbvia é que os franceses vão poder desfrutar desta maravilha muitos mais anos. Aproveitem bem o Sudoeste Alentejano…



Está neste momento a passar em Portugal o filme de Maria de Medeiros sobre o 25 de Abril. Para quem não sabe, este filme representou o início da minha carreira na sétima arte, assim como o fim. Quando no largo de Carmo, virem um tipo a saltar com uma camisa azul, para, como quem não se interessa, conseguir aparecer no filme, vão perceber que passei ao lado de uma grande carreira.

Um dos meus colegas mais velhos contou-me que a decoração do seu escritório na segunda metade dos anos setenta, era um cartaz de um soldado português com um cravo na espingarda. Nas suas palavras, “ensinou-nos a nós franceses, que um povo consegue fazer uma revolução, fazer cair um governo, implementar democracia… não usando a violência.”

Sei que faz parte do passado. Sei que nada interessa para a actualidade política nacional. Sei que me orgulho cada vez mais de ter acontecido.

1 comment:

Ju said...

:)