"100 Anos de solidão" e "Os cavalos também se abatem"

O desafio foi-me lançado de cerveja na mão quando visitei a pátria. Estes são os que exigem mais respeito, apesar de não ter conseguido restringir-me a um só. Qual o livro com o melhor fim?



Escrito por Gabriel Garcia Marquez, “100 Anos de solidão” conta a história de uma família ao longo de 100 anos, desde o desbravar da mata, o construir da sua aldeia, o desenvolvimento da mesma, até às várias gerações da família, sempre com o misticismo próprio dos escritores sul-americanos. E um fim que me deixou o coração a bater nos ouvidos. É justo que vos diga que não encontrei outra pessoa que tivesse sentido o mesmo, mas deixou-me uma sensação que nenhum outro livro terá chegado perto.

Há quem vá fazendo a árvore genealógica para melhor entender quem é filho de quem. Por mim, a minha paciência e a minha sala de leitura na altura, os comboios da linha de Sintra, não eram propícias a árvores genealógicas, pelo que me fiquei pelas personagens, e o resultado final é o mesmo.



De um lado apreciativo distinto, falo-vos de “Os cavalos também se abatem” de Horace McCoy. Nada vos vou contar, porque acho mais interessante saber o menos possível para ler este livro. Podem surpreender-se, mas quando pensarem bem, vão ver que todo o livro foi escrito a pedir um fim como aquele. E o acabar com o título está genial.

Este é um típico caso em que a imagem não veio ajudar em nada a história. O livro é mais interessante que o filme de Sidney Pollack, mas opiniões são para cada um ter.

A tareia que estou a apanhar da colecção inteira das aventuras do Sherlock Holmes está acabar. Em conjunto com o poder de ser um desafio lançado de cerveja na mão, peço-vos o respeito que merece, e umas ideias para o que devo ler de seguida. A quem quiser, sempre é algo de bom para escrever. Fico à espera.