Oslo e Karlstad
A cor branca no Inverno é marca, e o verde emergente na primavera, uma novidade inesperada. A primeira imagem, um país verde, com maciços rochosos escuros a estragar a constância, e lagos onde podia ver o reflexo aéreo. Gotemburgo de passagem e um comboio sueco durante três horas precederam a chegada a Karlstad e a recepção da guia.
Não se pode dizer que anoitece nesta fase do ano, durante as horas menos claras, a dúvida se o sol está no poente ou no nascente deixa-nos confusos. Estrelas, as mais fortes fazem por se ver, enquanto se olha o relógio, o único depositário de confiança. A noite numa disco sueca cuja descrição tinha sido atroz, mas que se revelou melhor. Os tipos bebem até cair, e não é qualquer figura de estilo. As tipas usam mini saias e camadas de make-up sacana, e no fundo… bem, será o mercado inicial de muitas relações de várias durações.
Sexta era dia de Oslo e cedo nos vimos numa viagem de 3 horas até à capital norueguesa. Esperava o contingente loiro, mas percebi que a capital tem à mistura muitas raças e cores. Esta é a típica cidade em que os nossos homens estátua não teriam grande sucesso, a cidade cheia de estátuas nuas deixaria os tipos sem grande audiência. O parque das estátuas é uma obra-prima das relações humanas em pedra, cada situação representando uma emoção de certeza já sentida. Frente a um fiord a cidade espalha-se e vai subindo as colinas à volta. Da fortaleza local a vista é deslumbrante e a música da banda que toca no barco turista chega-nos aos ouvidos sem qualquer outro incómodo. O museu vai ficar para a desforra, o tempo estava bom e um dia é sempre pouco.
Sábado ficámos por Karlstad, é uma cidade pequena, mas estatisticamente o ponto sueco onde mais brilha o nobre astro. Assim meus amigos, fui à Suécia bronzear-me. O passeio começa no parque bovino e ovino da cidade, com fios de plástico com avisos de descarga eléctrica à altura da cintura. Estrados permitem passar pela mescla de terra e água e a paisagem é digna de se mirar sem contar tempo. À tarde centenas de pessoas a correrem para cruzarem uma linha antes de qualquer um dos outros, um antiquário onde tudo era incrível, mas nada indispensável à vida humana, como o dono tão bem caracterizou. Mas o ponto alto do dia foi a conversa com a tipa iraniana, sobre os usos, costumes, políticas e diferenças entre os nossos dois mundos. Tirar palas dos olhos continua a ser o melhor dos exercícios. À noite festa branco e chapéu, Erasmo a permitir encontro de quase todas as nacionalidades europeias.
Quanto a esta menina, é uma das mais queridas que conheço, a melhor depositária para os nomes Ana e Sofia, e todos os seus significados. Obrigado.
2 comments:
vem mais vezes!
não sei que poderes misteriosos comandas, mas choveu até chegares e assim que foste embora começou a cair granizo...
e ainda temos estocolmo para visitar. e o munch. e mais mil coisas.
e o joão vai estar na dinamarca a partir de setembro :o)
:) a malta gosta é de passear! há que aproveitar enquanto se está no centro da europa! :)
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