De Judas a Charles Manson numa só palavra
Se Judas foi ou não traidor, depende do ponto de vista. No novo testamento temos quatro livros, salvo erro. Não muito representativos dos 21 que seguiram até aqui, Lyon, para serem autenticados. Entre estes estavam os livros gnósticos dos quais já se sabia a existência. Com a descoberta e autenticação do livro segundo Judas, o universo gnóstico ganha uma dimensão até agora escondida. Estes livros são escritos, não pelos apóstolos, mas por pessoas que querem contar a história de Cristo, e usam os olhos dos apóstolos, assim como a história que lhes chegou.
Segundo o gnosticismo, o mundo é uma prisão material em que expiamos os nossos pecados cometidos enquanto seres de luz. Foi o diabo quem criou este ambiente e a existência da carne e dos sentidos que nos subjugam a uma vida de sofrimento. Assim a vida como a sabemos não é mais que um purgatório, até à verdadeira libertação do espírito, o retorno ao estado natural, dado pela morte.
Se se levar uma vida de sofrimento, dia atrás dia, uma deficiência física, está-se desejoso a aceitar esta verdade. Cristo pede a Judas que o traia, ele é o seu favorito. Ao trair, Judas liberta Cristo da prisão das sensações, e ganha o seu papel no gnosticismo. Apesar das evidentes falhas, notem que estas vêm apenas pelo conhecimento do que se pensa ser verdade.
Se vos falo disto, deve-se ao documentário que vi sobre Charles Manson. Era esta a ideologia que defendia, que matar não era errado pois libertava a alma para o seu estado normal. No meio do movimento hippie, das drogas, da Califórnia dos anos 60 criou um grupo pronto a matar à sua ordem. Usando esta ideologia, convenceu-os a matar ao seu desígnio pessoal, o que passou pela morte da mulher de Roman Polanski, durante a sua gravidez.
Isto é uma aberração do gnosticismo, que é apenas mais uma interpretação do que aconteceu à 2000 anos. Apenas não a oficial.
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