Sunday, June 25, 2006

Evolução


Foi preciso morrer a tartaruga de estimação de Darwin para falar aqui da teoria da evolução. Menção honrosa é pouco para o que dá tanta luz sobre o espírito humano, dando razão a Nietzsche, aqui disfarçado no fundo do blog, e ainda hoje posto em dúvida por quem acha que sermos filhos de uma probabilidade não chega para justificar a existência.

A guia sueca contou-me um episódio de um dos seus colegas, que após uma das reuniões com o divino, discutia em grupo que era impossível algo tão perfeito como o Homem ter vindo dos macacos. Num estado americano, o programa escolar ensina a génese divina. Divirto-me como Maniqueu a perguntar se somos tantos, a orgia que terá sido com a família primeira.

O modelo explicativo cobre tudo e dá respostas a todas as questões que possam ser feitas. Os macacos pastadores da Etiópia que passam o tempo sentados a pastar têm a cor sexual no peito… Os esquimós têm mais gordura que o normal ser humano… o que ainda não está certa é a maneira como ocorre esta evolução, se lentamente a mancha colorida é transportada pelo corpo do macaco, ou se simplesmente um esquimó nasceu completamente diferente dos outros, com uma camada de gordura superior a todos os seres humanos, se adaptou ao meio ambiente tão bem que espalhou a semente genética da “gordura +” e voilá. Na verdade, pensa-se ser uma mistura dos dois.

Daí muitos defenderem que Cristo é um destes hiatos genéticos. Caso fosse o ambiente a adaptar-se a ele, a humanidade estaria muito mais evoluída que hoje. À 150 mil anos já as/os tipas/os se preparavam para a fogueira de sábado à noite. De animais a seres humanos não foi a evolução do corpo, mas sim do espírito, é esta que me interessa, e não são combinações de guanina ou citosina que me vão dar respostas. A real evolução nos dias de hoje faz-se a partir da colecção de conhecimento, é este o nosso objectivo na terra calculo eu, senão… bem, senão continuamos a preparar-nos diariamente as fogueiras de sábado à noite e perde-se toda a evolução dos últimos 150 mil anos.

1 comment:

Metelo said...

Continuemos essas fogueiras para continuarmos os 150 mil anos de evolução!
Saudades de fogueiras de sábado à noite...
:-)