“O Perfume… História de um Assassino” de Tom Tickwer

Para já quem leu o livro, perceber que tenha visto o filme 3 dias depois da estreia não é complicado. O livro de 85 já é um clássico, tinha que saber como era o filme. A crítica arrasa-o, sem fio condutor, sem nada de novo relativo ao livro. A primeira deve-se ao facto do livro ter palavras a ligar cada momento, aqui só temos imagens. Os vários minutos que Grenouille passa a cheirar a sua primeira vítima são pouco modernos cinematograficamente falando. Já a segunda ser positiva ou negativa depende do referencial. Quem gostou do livro de Patrick Suskind, não vai ter problemas em gostar do filme.

Trata-se de uma produção europeia, assim podem esperar que a obra escrita seja muito mais respeitada. Acho que a mentalidade cinematográfica europeia sempre gostou mais de ilustrar o argumento pela imagem que ajudar a percebê-lo pelas palavras. Sincero, acho que quem leu vai poder gostar muito mais.

Unânime na crítica é o aplauso à interpretação de Ben Whishaw no papel de Grenouille. Penso valer a pena só pela. Essencialmente há que perceber que é um filme que se baseia na percepção das imagens para seguir o caminho do livro. Ninguém nos vai explicar por adjectivos o que Grenouille vai sentindo.