Ambientado
Todos nós temos o mundo separado em dois. Aquele que é só nosso, e aquele onde percebemos que fazemos parte de uma sociedade, com todos os entraves de comportamento que esta nos aplica. Muitas vezes no nosso mundo estamos a comer chocolates, enquanto nesse mundo real estamos a comer uma salada de vegetais. Escusado será dizer que o resultado da nossa auto-avaliação nos vai dizer que passamos muito mais tempo nesse mundo comum a todos que naquele que é só nosso.
O povo mais estranho da Europa é o Finlandês. Eles passam o tempo todo enfiados naquele mundo só deles. Não ligam quase nada ao que se passa à volta. A sensação que tive enquanto passeava nas ruas de Helsínquia foi que se tivesse a andar nu o efeito nos transeuntes seria exactamente o mesmo. O apetite de socialização perde-se rapidamente.
Mas há algo de admirável no povo finlandês. Os tipos estão em constante quebra de limites pessoais. São conhecidos por tentar ir sempre acima dos limites. Físicos, económicos, alcoólicos … Todos menos o social.
Escrevo-vos porque passei o meu teste de ambientação à Holanda. Experimentem vocês vir com uma garrafa de coca-cola num saco de plástico cheio de compras a pedalar na Sacana, do supermercado para casa com o saco na mão, nada de alforges, ou caixas. Isso é o teste para meninos. O efeito quando abrem a garrafa em casa era semelhante a deixar cair um smint na dita. Era… que eu agora já estou ambientado.
Este sábado é Noite de Museus em Amesterdão. Até segunda.
1 comment:
Da proxima tem de ser com um saco de cada lado do guiador, a escrever uma mensagem ao telemovel com uma mao, e com a outra no bolso porque o frio aperta, e perceber (e agradecer) porque as bicicletas travam com os pedais para tras!
Abraco!
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