Big Hug Tour
À entrada do FOAM em Amesterdão publicitava-se a Big Hug Tour. Seguindo as setas, entre imagens da World Press Photo, de Trent Parke que me abriu os sentidos a conhecer a Austrália, e Kate Moss pela lente de vários fotógrafos de renome, dei por mim numa pequena sala e um figura de boneco de trapos de braços abertos para mim.
O princípio é bem básico. Baseando-se nas substâncias que são lançadas aquando de um abraço e do bem-estar que fornecem ao ser humano, estes tipos resolveram lançar a Big Hug Tour. Andam a contrato de festa em festa a abraçar as pessoas. Não é ridículo. É simples e original. As pessoas sorriam perante a imagem daqueles sacos de trapos. Kate Moss passou a segundo plano e todos que entraram no museu de fotografia de Amesterdão passaram nos braços dos tipos.
A oitava Museum Night de Amesterdão foi um sucesso. Demasiado. Daquele tipo de sucesso que nos leva a ficar de fora dos sítios por respeito a nós próprios. As filas eram enormes. A sinagoga portuguesa estava à pinha, e não havia vantagem em ser do país do qual foram expulsos no princípio do século XVI. Em cada um dos 40 locais incluídos na N8 havia animação, entre concertos, teatro, projecção de filmes, Amesterdão teve a noite de sábado à pinha.
No Apple estava patente uma exposição de arte moderna de Melik Ohanian, Somewhere in time. Eu tenho um problema com arte moderna. Pelo que os pseudo-intelectualismos fazem dela. Assim quando vou ver uma exposição sou daqueles totós que andam com o folheto explicativo de modo a perceber o que o artista quis fazer. Só percebendo a intenção consigo apreciar a obra. Simplório, eu sei. Mas melhor que adjectivar no vazio. Conforto-me sabendo que todo o tipo de arte clássica passou pelo mesmo quando apareceu.
Realmente bela é a forma de comunicação do artista pela obra. Fica tão mais bela quando se sabe a intenção.
Quanto a quadros fotográficos de Amesterdão, haverá tempo. A máquina é fraquinha e luz era pouca. Menção honrosa à Anocas que me avisou e acompanhou nas deambulações nocturnas cantando Amsterdam de Brel… Dans les ponts d´Amsterdam, il y a des marins qui pleure...
1 comment:
A sinagoga é uma seca, a única coisa que recordo é uma estátua em ferro, no páteo, onde está um cão montado em cima do outro.
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