Tuesday, July 18, 2006

Praga - As ideias




Vou-vos explicar como visito as cidades. No mapa marca-se um ponto ao qual queremos ir. Orienta-se o mapa, e vê-se a direcção na qual o ponto fica. O passo final é escolher a rua mais estreita possível que vá nessa direcção. Em Praga é este o método, para fugir ao mar humano das duas ruas direitas, mas principalmente para descobrir bares de Jazz, lojas em segunda mão, antiquários repletos de coisas tão banais lá, mas raras no Ocidental Europeu, marionetas, restaurantes com pátios internos que nos fazem esquecer a carteira.

A comida é fabulosa, “goulash beer and jazz”, nem queiram saber a misturam que é. Do alto, perto do pêndulo, as pontes sucedem-se enquanto skates rolam, com checos de roupas estranhas, as possíveis para igualar as modas que já lá chegam da igual maneira. O parque da cidade a norte é enorme e coroa-se com um chalé restaurante onde a bica foi amiga, de onde se vê toda Praga.

O castelo de Praga, envolto na velha muralha tem a imponência da, durante algum tempo, capital do império romano oriental. Construído e alargado desde o sec. IX, é um conjunto de obras que nos deixa pequenos. Os pedintes, de joelhos no chão, e tronco estendido junto ao chão são a pior imagem de Praga. Usam-na por uma estátua de posição semelhante junto ao castelo.

A primeira noite num bar de Jazz perdido, a ouvir velhos a tocar e a ver um casal que lembra qualquer um dos seus pais, a dançar com mãozinhas marotas. A segunda noite, a providência resolveu favorecer-nos e pôs-nos um barco na margem do Vlatava com música a tocar e pessoas a dançar. “There is a problém”… “Private party”…Já íamos a sair, aparece um grupo, falam com o tipo, nós a ouvir checo em directo sem perceber nada… Passado 5 minutos estávamos numa festa de aniversário privada, num barco, com bebida e comida de graça, e a tentar perceber o inglês goulash dos nossos novos amigos.

Tirando todas as máscaras, há algo que me falta descrever de Praga. As mulheres… que são indescritíveis, a vocês de ver. Para azar da Anocas e Diana, parece que o gene de beleza só escolheu o género feminino, pelo que Praga, meus amigos, está cheia de musas loiras, daquelas que não inspiram nada de bom.

Praga visita-se não no carreiro turista, mas pelas portas escondidas abertas a pátios imensos, pelas ruelas que nos dão tanto do que é esta cidade. As fachadas dos prédios competem na abertura da boca dos turistas, e o “dancing building” é o maior levantar de sobrolho. Segura, vazia em partes velhas onde não chegou o dinheiro, atolhada noutras, onde o dinheiro de outrora fez tais maravilhas… Assim é Praga para mim, o som de jazz e música americana dos anos 20, na easy right do Vlatava, duas tipas que não pararam de me fazer sorrir… uma das mais belas cidades.

Às minhas companheiras… Genkuie!

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